O base internacional Sub-20 Vasco Lança renova o seu compromisso com o Belenenses e realizará na temporada 2023/2024 a sua terceira época de Cruz ao peito.
Jogador bejense, de 21 anos de idade, formado no Beja BC, conta ainda com passagem pelo Algés, onde esteve nos escalões Sub-18 e sénior. Em 2021/2022 ingressou no Belenenses tendo já realizado perto de 60 jogos oficiais com a camisola azul, registando números relevantes no contexto do campeonato da Proliga: médias de 12,0 pontos, 2,2 ressaltos e 2,1 assistências em 2021/2022 e 11,9 pontos, 2,9 assistências e 2,6 ressaltos em 2022/2023. Em 2021/2022 esteve presente no Campeonato da Europa Sub-20 (Divisão A).
Em 2023/2024, Vasco Lança assumirá a liderança do grupo de atletas seniores masculinos do Belenenses, como capitão de equipa, e não esconde o objetivo central de recolocar o Belenenses na Proliga.
Fomos conversar com o novo capitão do setor masculino do basquetebol e conhecer as suas expectativas para a temporada que arranca em breve.
Vasco, farás na época 2023/2024 a tua terceira época no Belenenses, depois de dois anos a competir no Campeonato da Proliga. Sabendo que és um atleta jovem e de elevado potencial, seguramente com convites de emblemas interessados, o que te fez permanecer no Clube apesar da descida à CN1?
Vasco: Ao longo destes últimos dois anos, o Belém tornou-se quase um casa para mim e, nesse sentido, permanecer em “casa” foi, de certa forma, quase instintivo. Criei uma relação com o clube, e com todos os que se encontram envolvidos no mesmo, que é difícil de explicar a quem não o sente. Esse sentimento muito especial e o carinho que ganhei pelo Belenenses ao longo deste tempo acabaram por desenvolver em mim um certo sentido de responsabilidade para com o clube, que acabou por se tornar ainda maior depois da descida de divisão na época transata. Foram várias as razões que me fizeram manter a “cruz ao peito”, mas, entre elas, destacaria duas: este sentido de responsabilidade para com o Clube, todos os que aqui trabalham diariamente para elevar o nome do Clube de Futebol “Os Belenenses” e para com a massa associativa; e o facto de termos um objetivo muito claro e “feliz”, diria – a subida de divisão.
Já competiste na CN1 ao serviço do Algés e conheces bem a prova. Trata-se de um género de “Campeonato de Portugal” (futebol) do basquetebol, com várias séries e muitas equipas em busca dos seus objetivos, incluindo no que se refere à promoção. Como encaras o próximo ano?
Vasco: A CN1 difere em bastante aspetos do campeonato da Proliga e, por isso, vamos ter que nos adaptar às “novas regras do jogo”. Ainda assim, o nosso objetivo (e creio que falo por toda a equipa e pela secção de basquetebol) é, como dizia ainda agora, muito concreto: queremos regressar à Proliga. Não vai ser uma tarefa fácil, todos sabemos, o que, a meu ver, só torna as coisas mais interessantes e desafiantes e, por isso, mais recompensadoras. Sabemos que temos este objetivo em mente, mas isso não nos vai desviar de um dos pontos-chave para este campeonato: competir jogo a jogo, porque isso não só nos mantém mais focados, como também permite que desfrutemos da viagem (porque essa sim é aquela que faz tudo valer a pena). Em suma, posso dizer que encaro a próxima desportiva com bastante optimismo, confiança e ânimo.
Quais são as tuas expectativas pessoais e colectivas, ao nível do basquetebol, para 2023/2024?
Vasco: Adorava que esta fosse uma época proveitosa para toda a gente. Este tem que ser um ano de evolução, mas também de gratificação. Sinto que o Belém merece isso e é por isso que vamos trabalhar. Não tenho grandes aspirações pessoais, quero apenas servir da melhor maneira a minha equipa. As expectativas coletivas passam por podermos crescer, ao longo do ano, enquanto equipa. Só assim vamos poder chegar à fase decisiva da época e estar no nosso pico de forma. Adivinha-se uma época muito longa, certamente com altos e baixos, e a chave vai estar em saber reagir e em não nos acomodarmos. “Belém, o caminho é lá para cima!”.