O Belenenses regressou ao final da tarde às emoções da Liga 3 no Estádio Cidade de Coimbra para um duelo de Históricos, empatando a um golo frente à Académica – golo com assinatura de Pedro Martelo para os azuis da Cruz de Cristo. Os comandados de Bruno Dias iniciam a segunda volta do campeonato no quarto lugar com 20 pontos, os mesmos que o Alverca que é terceiro, inteiramente dentro dos lugares de acesso à fase de subida que constituem o primeiro objectivo do Clube para 2022/23.
Com o capitão Romário lesionado, a equipa manteve a estrutura de três centrais e dois laterais mais ofensivos, com Miguel Tavares a saltar para o onze inicial deixando por muitas vezes a cabeça em água ao último reduto academista. A Briosa procurou pegar no jogo nos minutos iniciais, mas cedo o Belenenses equilibrou as operações e se mostrava mais ofensivo e com melhor troca de bola, pecando na hora de criar perigo real junto da baliza coimbrã, o que valeu o nulo à entrada para o intervalo num encontro em que a coincidência com a final do Campeonato Mundial, a hora tardia e o período natalício afastou muita gente das bancadas para um duelo que teria merecido uma casa mais composta.
Os segundos quarenta e cinco minutos trouxeram um Belenenses mais balanceado para o ataque, a procurar jogar no último terço tirando partido da velocidade nas alas, com os azuis a criarem várias oportunidades de perigo mas falhando no capítulo da finalização, por várias vezes rematando muito por alto quando nas proximidades da baliza defendida por Nuno Hidalgo. A equipa apresentava-se consistente e sentia-se que o golo poderia chegar, o que veio a acontecer após mexidas de Bruno Dias no xadrez: dois minutos depois de ser chamado a jogo como unidade de referência do ataque dos azuis, Pedro Martelo recebe na área de costas para a baliza e, com um pontapé de bicicleta de levantar qualquer estádio, colocava o Belenenses em vantagem no marcador à passagem do minuto 81. A Académica não sentiu demasiado o golo e procurou responder de imediato, com os azuis assentirem dificuldades em colocar gelo na partida, permitindo as derradeiras tentativas de chegar à baliza contrária à formação comandada por Zé Nando. E foi num desses momentos, já ao minuto 92′, que foi assinalada uma grande penalidade a castigar eventual mão na bola de João Sousa que a Briosa chegou ao empate com David Teles a transformar com sucesso o castigo máximo. Um empate que castiga as falhas azuis no capítulo da eficácia ofensiva face às várias oportunidades criadas, mas que se aceita num Clássico em que a equipa da casa – em dificuldades na tabela – nunca desistiu de procurar pontuar, resultado que mantém o Belenenses no grupo de quatro emblemas que hoje garantiriam o acesso à fase de subida à Liga 2.
Face aos impedimentos por lesão de Romário, Pipo e Tiago Lopes, Bruno Dias fez alinhar um onze com David Grilo; Fred Martins (Cap.), Afonso Simão, João Costa, André Serra e Fred Martins; Hélio Cruz, Xavi, Miguel Tavares, Clé e João Costa. No banco, à disposição da equipa técnica, estavam Daniel Azevedo, Alex Figueiredo, Wagner Pina, Duarte Valente, Mauro Antunes, Flavinho, Tiago Moninhas, Dida e Pedro Martelo.
Entraram no segundo tempo Flavinho (69′), Mauro Antunes (79′), Wagner Pina (79′), Pedro Martelo (79′) e Duarte Valente (88′) para renderem respectivamente Clé, Miguel Tavares, João Costa, André Serra e Xavi.
O campeonato regressa agora apenas no novo ano, com o Belenenses a receber o Real SC no próximo dia 6 de Janeiro, sexta-feira, às 19h00, no Estádio do Restelo, partida com transmissão em directo no Canal 11.
Pedro Martelo recebeu a distinção de “Homem do Jogo” neste início de noite no Estádio Cidade de Coimbra.
Confere os resultados da 12ª Jornada:
// Académica, 1 – Belenenses, 1
// Real , 2 – Oliveira do Hospital, 2
// Vitória FC, 0 – U. Leiria, 3
// Alverca, 1 – Amora, 1
// Moncarapachense, 2 – Sporting B, 3
// Caldas, 4 – Fontinhas, 2
Confere a classificação à passagem da 12ª Jornada:
