O Belenenses sagrou-se esta tarde Campeão Nacional de Rugby ao vencer o GD Direito por 31-8 – com 12-8 ao intervalo – na final da Divisão de Honra disputada no Complexo Municipal do Vale da Rosa, em Setúbal, uma partida que fica também marcada pelo facto de ter sido a primeira final apitada por uma árbitra: Maria Heitor.

A coroar uma época que tem sido a todos os títulos excepcional, os azuis nem sequer fizeram um dos seus jogos mais conseguidos do ano mas souberam ser sempre mais eficazes perante as múltiplas dificuldades que o jogo colocou, e também sabendo tirar partido do forte vento que se fazia sentir no recinto e que os comandados de João Mirra souberam aguentar na primeira metade. No total de ensaios, dois para os azuis e um para a formação de Monsanto perante bancadas muito bem preenchidas e sempre entusiastas no apoio aos dois conjuntos.

Já de olhos postos na Taça de Portugal em vista da ‘dobradinha’ – os azuis defrontam o Benfica nas meias-finais e querem defrontar Agronomia no jogo de todas as decisões -, o Belenenses conquistou deste modo o seu oitavo título nacional numa modalidade que desde 1928 é um dos talismãs da Cruz de Cristo, depois de ter vencido na temporada 2017/18 e de se ter visto impossibilitado de disputar o título de 2019/20 quando o campeonato foi interrompido em resultado da pandemia.

Já depois da festa, o técnico João Mirra salientou que “esta final não foram só 80 minutos, foram anos de trabalho de direcções e treinadores que já não estão no clube”.  E olhando o jogo em concreto, assinalou que “hoje o vento esteve muito forte e condicionou muito o nosso jogo mas subimos um patamar enquanto equipa porque antes precisávamos de jogar muito bem para ganhar os jogos e hoje, por mérito do adversário, não jogámos muito bem. Mas conseguimos ser cínicos, marcar nas alturas certas, ter maturidade: gostamos muito de jogar bem mas começámos a perceber que há condicionantes que não controlamos e que por isso temos de ganhar mesmo sem jogar bem”.