Qual a sua análise ao trabalho do treinador Nuno Oliveira? Está satisfeito?
Estou muito satisfeito com o Nuno Oliveira e com toda a sua equipa técnica. Não por serem uma aposta pessoal minha mas porque superaram as expectativas e têm evoluído muito. Trabalha ao nível da 1ª Liga em todas as vertentes do processo, tem dado excelentes provas e é alguém totalmente comprometido com o projecto do Belenenses. É normal que haja pressão dos sócios se os resultados não aparecerem, ou se não jogarmos sempre como uma equipa de topo, mas o que a vida e o futebol me ensinaram é que não vamos ganhar sempre e que teremos de estar unidos nas vitórias, mas ainda mais unidos nas derrotas que ao longo do caminho até à 1ª Liga aparecerão de certeza. O que temos de garantir é que em cada contexto competitivo em que nos encontrarmos seremos competentes e eficazes no cumprimento dos nossos objectivos. Até ao momento isso tem acontecido, bastando olhar para a estatística onde, desde 2018/19, em 68 jogos oficiais vencemos 60, ou seja, 88% dos jogos. E neste momento lideramos a 1ª Divisão de Lisboa, o que nos levará, continuando neste caminho, ao tão desejado Campeonato de Portugal.
Costuma estar em sintonia com o treinador?
Normalmente costumo estar em sintonia com o treinador e com o Taira em tudo o que é estruturante no nosso futebol sénior. É evidente que cada um tem as suas ideias e é na diversidade dessas ideias que podemos crescer. Uma coisa é certa: em termos técnicos, a primeira e a última palavra é do treinador e existe um total compromisso entre todos nós que estamos mais envolvidos no processo da equipa sénior.
O que é preciso para o Belenenses subir à I Liga? Temos condições estruturais para isso?
Na nossa vida existe um valor que é invisível para os outros, mas que cada um de nós escuta no fundo da sua alma: é a fidelidade ou a traição ao que sentimos como um destino a cumprir.
Nós temos um destino colectivo a cumprir e não queremos falhar, que é recolocar o Belenenses na 1ª Liga, de forma limpa no que é o seu lugar natural.
Sobre o que é preciso para isso acontecer, penso que nessa matéria está tudo inventado, só acredito que um clube e uma equipa possam ter sucesso desportivo e um trajecto de subidas de divisão consecutivas se estiver muito equilibrado do ponto de vista financeiro. É nisso que trabalhamos: para garantir o suporte financeiro para com as nossas condições infraestruturais possamos triunfar, mas sempre com dignidade e sem ficar a dever nada a ninguém.
Quais as consequências para a equipa de futebol desta paragem dos campeonatos?
As consequências são péssimas para nós e para todas as outras equipas que connosco competem na 1ª Divisão Distrital de Lisboa. Desportivamente íamos lançados em 1º lugar, com 5 pontos de avanço do 2º classificado, com possibilidade de aumentarmos a vantagem para 8 pontos vencendo o jogo que temos em atraso e a paragem veio, por isso, travar provisoriamente a nossa caminhada.
Do ponto de vista social a paragem assume contornos de grande dramatismo, vermos os nossos sócios e adeptos impossibilitados de irem ao Restelo seguir a sua equipa, e também as equipas das modalidades, é dramático. Do ponto de vista estritamente financeiro a paragem é um tsunami porque as principais fontes de receita do clube estão congeladas.
Como foi ver a equipa jogar, quer no Estádio do Restelo quer nos jogos fora, em campos onde em condições normais haveriam romarias de sócios e adeptos do Belenenses e estarem completamente vazios?
Desde 2018/19, quando começámos a nossa caminhada na 3ª divisão distrital, não tenho dúvidas nenhumas de que os nossos adeptos têm andado com a nossa equipa de futebol ao colo pois todos temos o sonho de a voltarmos a recolocar na 1ª Liga. Os nossos adeptos são fundamentais, tanto em casa, como fora. Nas deslocações então é um verdadeiro prazer assistir aos jogos onde, como diz, assistimos a autênticas romarias de Belenenses por esses campos fora do Distrito de Lisboa. O nosso público faz-nos muita falta, somos a equipa que mais sente essa falta, os jogadores falam-me muito nisso.
Identifica potencial nos jogadores do actual plantel para competirem no Campeonato de Portugal?
Primeiro ainda temos de garantir a subida de divisão e, como acredito que o campeonato vai ser reatado, seria uma falta de respeito grande para com todos os nossos adversários darmos a subida por garantida. Não há um único jogador do Belenenses que não tenha bem presente as enormes dificuldades que ainda temos pela frente até garantirmos a subida ao Campeonato de Portugal.
Existem equipas muito competentes na 1ª Distrital da AFL, que nos vão causar ainda muitas dificuldades e nós temos um enorme respeito por todas elas. Hoje trabalha-se muito bem no Distrital de Lisboa e nomeadamente nesta divisão. Atrevo-me a dizer que este Campeonato da 1ª Distrital de Lisboa é mais competitivo e equilibrado do que algumas das séries do Campeonato de Portugal e isso diz tudo sobre os osbstáculos que teremos ainda pela frente.
Teremos onze autênticas finais pela frente, contra adversários muito valorosos e estamos todos proibidos de relaxar. Temos de estar muito desconfiados e temos de entrar muito fortes no primeiro jogo que fizermos agora no reatar do Campeonato.
Agora, acreditamos desde o início da época que com a nossa humildade, qualidade e confiança, vamos atingir os nosso objectivos. É para isso que trabalhamos e no dia em que isso se concretizar é natural e normal que muitos dos jogadores que andaram a fazer connosco o caminho desde o último degrau do inferno, a comer os ossos, mereçam comer um bocado de bife até porque valor para andarem nesses patamares mais cimeiros não falta à maioria dos nossos jogadores.
Tenciona apresentar propostas de contrato profissional a alguns dos jogadores do actual plantel já a pensar no Campeonato de Portugal?
Reforço que primeiro temos de garantir a subida de divisão, objectivo que ainda está longe de ser atingido pois ainda temos onze finais para jogar. No entanto, como mandam as regras de um gestor criterioso, estamos a trabalhar na preparação da próxima época já há uns meses e um dos cenários em cima da mesa passa pela possibilidade de termos alguns atletas com contrato de trabalho desportivo.
O que acontece se não se atingir a meta da metade do campeonato? Podemos ficar na I divisão distrital, com o prejuízo desportivo e financeiro que isso representa?
Foi definido em Assembleia Geral da Associação de Futebol de Lisboa no inicio da época que para o campeonato ser homologado teriam de ser disputadas um mínimo de 19 jornadas, ou seja, jogar-se pelo menos uma volta completa da competição. Para se atingir esse objectivo mínimo faltam jogar-se dez jornadas, a nós onze, e quero acreditar que será possível desconfinar com responsabilidade nas próximas semanas e reatar o campeonato durante o mês de Abril, o que permitirá jogar os jogos em falta. Para além disso, lembro que no Campeonato de Portugal já se averbaram infelizmente várias desistências e é previsível que, até final do ano, ainda se verifiquem mais algumas pois há clubes que se encontram em grandes dificuldades.
Acredita que jogadores como o Gonçalo Brandão e o Miguel Rosa ainda vão voltar a jogar com a nossa camisola?
São atletas que respeitamos mas, ao dia de hoje, vejo isso com muita dificuldade.
Em caso de subida ao Campeonato de Portugal, qual o orçamento previsto para atacar a subida à “nova” III Liga?
Como já disse não gosto de deitar foguetes antes da festa e muito menos em futebol. Temos tudo organizado e programado e assim que conseguirmos atingir esse objectivo os sócios começarão a receber informação sobre o tema. O que posso garantir é que, atingindo-se desportivamente esse objectivo, saberemos apetrechar o grupo de trabalho com todas as condições para colocarmos o Belenenses numa posição de poder atacar imediatamente a subida à III Liga, embora sem cometer loucuras. É bom que se tenha presente que este ano, por exemplo, existem orçamentos acima de 1 milhão de euros, como é o caso do Torreense, e até acima de 2 milhões como é o caso do Alverca. O Belenenses jamais entrará nesses patamares nesta realidade do Campeonato de Portugal, mas saberemos de forma digna e honrada encontrar argumentos para sermos candidatos com um orçamento compatível com a nossa ambição.
O Belenenses vai conseguir inscrever a sua equipa no Campeonato de Portugal? É verdade que o clube e a B-SAD partilham o mesmo número de licença na FPF?
O Belenenses vem com muita honra, sacrifício e devoção desde o último degrau do inferno. Chegados aqui e garantindo o Belenenses dentro do campo o direito de jogar no Campeonato de Portugal não haverá qualquer impedimento nesse sentido.
Para o ano podemos até ter um Belenenses – B SAD no Campeonato de Portugal, bastando para tal que o Belenenses consiga garantir o 1º lugar na 1ª Distrital da AFL e que essa sociedade comercial consiga garantir a manutenção nesse campeonato onde se encontra a competir. Já há, de resto, desde 2018/19, na Formação, equipas do Belenenses e da B SAD inscritas nos mesmos campeonatos e a competirem sem constrangimentos de espécie alguma. É um adversário como outro qualquer, cada um com a sua licença desportiva e com direitos desportivos autónomos. Aliás, o Belenenses conseguindo garantir o 1º lufar este ano no campeonato ganhará também o direito de competir na edição da Taça de Portugal 2021/22 onde poderá também ter como adversário a B SAD ou qualquer outro rival.
O Belenenses vai conseguir inscrever-se na Liga, ou pode ser bloqueado pela SAD?
Sabe que costuma dizer-se que na nossa sociedade está instalada uma crise de valores. Eu quando ouço isso digo sempre que os sócios do Belenenses contrariaram fortemente esse pensamento dominante quando optaram por não se hipotecarem, não venderem os seus valores, não se deixarem atemorizar e dizerem alto e em bom som, no dia em que a SAD fugiu com a equipa para o Jamor, que com toda a honra, dignidade e orgulho estavam dispostos a ir para o inferno e voltarmos a reerguer-nos desde a 6ª divisão.
Não vejo muito mais massas associativas no mundo inteiro que podendo escolher entre ter uma equipa na 1ª Liga (mesmo uma que pouco ou nada já lhes dizia em Junho de 2018), ou irem para a última divisão distrital, o equivalente à 6ª divisão, optassem por recomeçar nos confins do inferno.
Eu tiro o chapéu e faço vénia a todos os sócios do Belenenses que são de facto de uma dignidade ímpar no contexto social e desportivo. Sei que um dia, porque a história não se escreve agora, todo o país desportivo nos usará como um grande exemplo e que até nas universidades de Sociologia e de Desporto se estudará o “Caso Belenenses”. Nesse dia, muitos terão muito orgulho por terem estado sempre ao lado do Belenenses nesta luta e outros, pelo contrário, ficarão corados de vergonha por terem desrespeitado o esforço e a dignidade dos Belenenses.
Respondendo concretamente à sua pergunta, vivemos num Estado de Direito e nem o Clube, nem a B SAD, estão acima da lei e muito menos da Constituição da República. O Clube segue o seu caminho desde o inferno da 6ª divisão até à 1ª Divisão, num movimento imparável que cada vez reunirá mais apoiantes à sua volta; é esse o nosso desígnio e chegará o dia em que, por mérito desportivo, seremos inscritos nas Ligas profissionais.
Estando neste momento a equipa de futebol em boa posição de subida ao Campeonato de Portugal (confirmando-se a promoção) e sabendo que esta competição é de âmbito nacional com jogadores profissionais, será necessário aumentar e muito o orçamento para o futebol. De que forma o clube conseguirá assegurar as condições financeiras para tal aumento? Isto porque existem equipas no Campeonato de Portugal com orçamento na casa do milhão de euros.
O figurino e o quadro competitivo do Campeonato de Portugal 2021/22 será muito diferente do da época actual. Haverá uma redução das actuais 96 equipas para 60 equipas.
Desde logo 24 das equipas mais fortes do actual Campeonato de Portugal irão estar a competir em 2021/22 na III e na II Liga, pelo que acreditamos que os maiores orçamentos do actual campeonato se transferirão para a II e para a III Liga.
Estamos muito atentos relativamente a todas as movimentações e saberemos posicionar-nos para sermos competentes e eficazes caso este ano consigamos garantir a subida ao Campeonato de Portugal de 2021/22, conforme é nosso objectivo.
Se este ano subirmos de divisão, os orçamentos para o futebol terão de começar a crescer. Durante este “caminho das pedras” de cerca de 5/6 anos, era suposto fazer a requalificação dos terrenos de modo a termos receitas significativas de arrendamentos. Como financiar uma equipa profissional ganhadora se não houver receitas dos terrenos?
O Clube saberá encontrar os recursos próprios, como tem feito desde 2014, independentemente do avanço mais rápido ou mais lento do processo de requalificação. É evidente que teremos de ter a capacidade de alocar as receitas da nossa actividade não desportiva à actividade desportiva, de reforçar ainda mais as nossas receitas desportivas que advêm do nosso futebol, em especial do nosso futebol de formação, de aumentar o número de patrocinadores e de fazer as escolhas necessárias, no momento certo, no que diz respeito à prática desportiva em geral no clube.
Sei que algumas modalidades, como o Andebol, se encontram a competir, mas o Futebol é o Futebol e está novamente interrompido (já vai quase um ano desde o último jogo que pudemos assistir ao vivo). Está já em cima da mesa algum cenário de interrupção da época desportiva da AFL – por exemplo, o campeonato prolongar-se para a época desportiva de 21/22 e ficar concluído apenas aí?
Acreditamos que na presente época desportiva se vai conseguir completar a 1ª volta do campeonato e assim a prova será homologada conforme foi definido e aprovado na AG da AFL de início da época desportiva.
Como é constituído o Departamento de Futebol do Clube? Temos gabinete de Scouting?
O nosso departamento de futebol tem uma estrutura organizada e muito leve, onde as decisões mais estruturantes relacionadas com a equipa de futebol estão a cargo do presidente, em estreita colaboração com o Taira, nosso Director Desportivo, que acaba também por ser um gestor de activos, e o treinador principal. Desta estrutura fazem parte também, nas questões mais relacionadas com a integração dos jovens, o nosso director do futebol de formação, o Prof. João Raimundo, e a sua equipa de treinadores principais dos escalões nacionais que acabam por ser fundamentais também nos nossos processos de recrutamento.
Depois, à volta da equipa tenho a acompanhar-me mais dois colegas de Direcção mais envolvidos com as questões da logística, do apoio ao jogador, dos transportes e dos equipamentos.
De resto, temos uma vasta e pluridisciplinar equipa de trabalho que abarca todas as componentes de um departamento de futebol existente em qualquer estrutura de futebol profissional, não esquecendo o departamento jurídico, o financeiro, o médico e a parte da comunicação.
Concretamente sobre o scouting, temos uma pequena equipa interna que nos permite ter uma base de dados muito alargada e muita informação fundamental para que se erre o menos possível no recrutamento e nas contratações.
Na próxima época quantos juniores ficarão no plantel principal partindo do principio que estaremos já no CP?
O Belenenses é um autêntico viveiro de jogadores e nos últimos anos, se olharmos só para os atletas que passaram nos nossos juniores desde 2014/15, colocámos dezenas e dezenas de jogadores no futebol profissional e semi-profissional, o que evidencia bem o trabalho de excelência que a equipa liderada pelo Prof. João Raimundo tem realizado num cenário de grande adversidade e dificuldades.
Dificuldades que se prendem, por um lado, com todo o envolvimento existente com a B SAD e, mais concretamente, pelo facto dessa empresa nos ter começado a fazer concorrência directa com equipas de formação e com a sua equipa da Liga Revelação Sub-23 e ainda, por outro lado, pelo facto de a partir de 2018 os nossos seniores terem começado a competir na 3ª divisão distrital, o que equivale a uma 6ª divisão nacional.
Apesar deste contexto aparentemente prejudicial ao desenvolvimento do nosso departamento de futebol de formação, o que é certo é que só desde 2014/15 e se olharmos para o paradeiro dos atletas que representaram as nossas equipas de Juniores A desde essa altura, tivemos vários que saíram mais precocemente até para o estrangeiro, verificamos que temos actualmente jogadores nossos nos seguintes enquadramentos:
– 3 a jogar na 1 Liga de Portugal
– 7 a jogar na 2 Liga de Portugal
– 33 a jogar no Campeonato de Portugal
– 2 a jogar na 1 Liga da Grécia
– 1 a jogar na 1 Liga de Espanha
– 1 a jogar na 1 Liga da Polónia
– 2 a jogar e a estudar nos Estados Unidos
– 11 a jogar na Liga Revelação Sub-23
– 1 a jogar na 2 Liga de Itália
Para além disso, estão hoje 15 ex-atletas da nossa formação na B SAD entre a primeira equipa, a equipa B e os sub 23 dessa sociedade comercial.
Temos ainda 10 jogadores na nossa equipa principal, que disputa a 1ª divisão da Associação de Futebol de Lisboa: Foles, Alex, Sénica, Trabulo, Marques, Miguel Oliveira, Brazão, Tomás Correia, Rodrigo Santos e Garrido.
Temos portanto que, nas últimas 6 épocas, colocámos 86 atletas a competir a um bom nível, dos quais cerca de 40 são profissionais de futebol.
Este ano foi completamente atípico mas continuamos a ter grandes talentos na nossa formação e acreditamos e sabemos que à medida que a nossa equipa principal for subindo patamares teremos cada vez mais capacidade para fidelizarmos mais e melhores atletas connosco.
Sobre a questão em concreto, não quero ainda revelar o nome dos nossos juniores que irão integrar a nossa equipa principal mas seguramente que uma boa mão cheia deles irá lograr esse objectivo.
Será preciso um guarda-redes novo?
Temos um naipe de guarda redes que tem mostrado competência, que nos tem dado todas as garantias e penso que continuarão a dar.
No Campeonato de Portugal as melhores equipas têm todas centrais altos e muito fortes fisicamente. Acha que os centrais que temos têm o ‘cabedal’ e a experiência necessárias para um Campeonato de Portugal?
É evidente que estamos atentos a todas as questões, mas o que sei à data de hoje é que temos um trio de centrais – o Serra, o Alex e o Carimo -, que nos têm dado todas as garantias e que são jogadores de potencial e de futuro, temos o Medina que tem sido muito castigado por lesões mas de quem conhecemos muito bem o valor, e ainda o Marques, jovem com qualidade que teve uma lesão muito grave e tem vindo a recuperar. Para já é este o cenário, sendo certo que temos ainda miúdos da formação que terão uma palavra a dizer. Vai ser uma luta tremenda entre todos até final da época. É o normal no futebol.
A nível de pontas de lança, são o Botas e o jovem Garrido suficientes?
Esses dois elementos não são os únicos atacantes do nosso plantel. O Alisson, o Brazão, o Nélson Mendes, o Clé, o Viegas, o Correia, o Brito, o Juan, são todos homens da frente que podem fazer golos e que podem ser o tradicional ponta de lança se for caso disso. O Botas tem sido uma referência atacante incontornável, tem golo, trabalha muito e é alguém muito respeitado no grupo; o Garrido é um jovem que precisa de jogar, que tem qualidade e que não precisa de muitas oportunidades para fazer golo. É prematuro dizer o que vai acontecer mas é inevitável que hajam algumas mexidas sempre no sentido de podermos ter um grupo mais forte e com mais e melhores soluções.
Não acha que falta criatividade ao meio campo?
Penso que temos jogadores de meio campo com vários estilos e de características diferentes e complementares que fazem com que tenhamos, na minha opinião, o melhor meio campo da divisão em que nos encontramos. Diria até que independentemente da combinação de médios pela qual o ‘mister’ opte em cada jogo temos todas as condições para nos apresentarmos sempre, em todos os campos, com muita qualidade nesse sector específico. Estamos mesmo muito satisfeitos com todos.
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