Caros amigos, sócios e adeptos do Clube de Futebol “Os Belenenses”,

Seguindo uma tradição de proximidade e transparência, chegou a hora de mais uma vez desejar que para todos vós e, sobretudo, para todos nós, naquilo que nos une, que é o sentimento de pertencer à família belenense, o ano de 2020 seja repleto de alegrias.

Tenho o hábito, desde 2014, de fazer chegar uma mensagem de Ano Novo, em vídeo, a todos quantos acompanham e se preocupam com o nosso grandioso clube. Este ano prefiro fazê-lo de forma escrita.

2019 fica para trás, e com ele momentos inesquecíveis e muito importantes na vida do nosso Belenenses.

Relembro que começámos o ano de 2019 com um forte abanão a todo o país desportivo. No dia 6 de Janeiro, na Reboleira, mais de 8000 pessoas juntaram-se para assistir a um Estrela da Amadora – Belenenses da última divisão distrital naquele que foi um autêntico hino ao futebol à volta de dois históricos do desporto português. Foi um reviver das grandes tardes de glória do nosso clube, onde se viveu um ambiente fantástico e inesquecível, e a partir desse dia foi como se todo o país tivesse despertado para a dimensão da empreitada que o Clube de Futebol “Os Belenenses” tinha, e ainda tem, pela frente.

Sucederam-se e multiplicaram-se notícias, entrevistas e trabalhos de fundo sobre o nosso clube na imprensa nacional e internacional, e o clube voltou a ganhar espaço mediático e vários palcos para passar a sua mensagem. Não tenho dúvidas de que só um clube com a grandiosidade do Belenenses teria conseguido sobreviver à reconstrução que se viu obrigado a fazer a partir de 1 de Julho de 2018.

2019 foi também o ano em que completámos 100 anos, não é qualquer instituição que disso pode orgulhar-se.

Celebrámos o centésimo aniversário de uma história rica, cheia de glória, de suor e de luta. 100 anos que foram assinalados com uma série de eventos carregados de simbolismo e emoção, entre os quais, permito-me destacar, a Gala do Centenário, apresentada pela Joana Cruz e pelo José Figueiras e que no CCB reuniu milhares de belenenses, que juntou os esforços de artistas apaixonados pela nossa história, dos quais destaco Rui Pregal da Cunha, Miguel Majer, Nuno Barroso, João Cabeleira, Luís Represas e Pedro Barroso, que nos presentearam com interpretações de alguns temas que tocam fundo os nossos corações. 

Uma Gala onde tivemos também oportunidade de ouvir um marcante discurso do Senhor Presidente da CML, Dr. Fernando Medina, que deixou bem clara a importância passada e futura do clube na história da cidade de Lisboa e de Portugal.

Permito-me destacar também a homenagem que fizemos aos nossos campeões nacionais; a inauguração dos bustos de Matateu e Vicente Lucas junto à estátua de Pepe; a edição comemorativa do Postal dos CTT; a Lotaria Nacional que nos foi dedicada; as fantásticas Exposições Itinerantes que levaram a nossa história a centenas de milhares de pessoas que foram passando pelo Centro Comercial Alegro de Alfragide, pelo Mercado da Ajuda, pelo Cinema São Jorge, pelo Cascais Shopping e pelo Fórum Almada; e ainda o jogo de futebol das chamadas “Velhas Guardas” que trouxe até ao Estádio do Restelo o nosso amigo Real Madrid que se fez representar ao mais alto nível, desde logo pelo seu Vice-Presidente e antiga glória Emilio Butragueño, mas também por atletas de altíssimo nível, muitos deles campeões europeus e mundiais, que proporcionaram juntamente com os nossos antigos craques uma tarde de grande fervor clubista no Restelo.

Ainda sobre as comemorações do Centenário não posso deixar de mencionar aqui, para a posteridade, os nomes daqueles que com o seu trabalho voluntário e extraordinariamente meritório dignificaram, como poucos, o nome do nosso grandioso clube. Refiro-me aos que integraram a chamada “Comissão do Centenário” e que permitiram que as Comemorações do Centenário tivessem tido o estrondoso sucesso que acabaram por ter: Óscar Machado Rodrigues, Luís Silva do Ó, Luís Filipe Silva, João Farinha, Pedro Patrão, Rui Avelans Coelho, Virgílio Pombares, Bruno Ferreira e Pedro Guedes da Silva. A todos deixo, em nome de todos Os Belenenses, o nosso eterno agradecimento.

2019 foi portanto um ano de afirmação do nome Belenenses no Mundo. A luta que travamos pela nossa identidade teve repercussão um pouco por todo o planeta e em Portugal não há já quem desconheça a história do verdadeiro Belenenses.

Foi também um ano em que conheceram a luz do sol várias publicações alusivas à história do nosso clube, permitindo-me destacar pela sua qualidade e simbolismo “As lágrimas das Salésias” do José Barros Rodrigues e “Clube de Futebol Os Belenenses – 100 Anos de História” do José Ceitil. A ambos deixo uma palavra de reconhecimento pelo seu enorme amor clubista.

Para não ser exaustivo lembro apenas mais cinco momentos que considero marcantes neste ano que agora terminou:

  • Em Fevereiro, fizemos o 1º jogo oficial no Belenenses Rugby Park, um dia de grande significado para o clube e para a secção de Rugby agora liderado pelo André da Cunha.
  • Em Abril, a Caminhada do Restelo às Salésias juntou milhares de sócios e adeptos e culminou com um jogo do Campeonato Distrital no espaço onde tínhamos sido Campeões Nacionais em 1945/46; viveram-se nesse dia sentimentos de honra e dignidade, de carácter e verticalidade, de um amor e fervor clubista que não têm preço e ficam para a vida, na altura disse que “não trocava o dia de hoje por 100 jogos na Superliga a jogar sem alma, sem identidade e sem mística”, frase que por maioria de razões continuo hoje a subscrever. Sobre este mesmo dia, disse também o meu colega de Direcção Pedro Lourenço: “não quero deixar passar em claro que o caminho escolhido pela esmagadora maioria dos sócios foi o caminho certo, foi o devolver o Clube aos sócios, e estes têm marcado a sua posição de forma inequívoca e emocionante. Este caminho vai ser longo, por vezes será penoso – tenhamos consciência disso – mas também será, com o apoio de todos estes adeptos, gratificante e memorável. Está-se a fazer história no Belenenses e no futebol português, e quem optou por enterrar a cabeça na areia, por ignorar todas estas manifestações populares, por apoiar sociedades privadas que nada têm a ver com a génese de um clube consagrado e popular, estou certo que terão muita dificuldade em explicar essa opção aos seus filhos ou aos seus netos. Isto é o Belenenses! Isto é ser Belenenses!”;
  • Em Maio, o Estádio do Restelo voltou à rota dos grandes concertos mundiais com o espectáculo dos Metallica;
  • Em Junho, fomos Campeões Distritais da III Divisão, num jogo emocionante no Estádio 1º de Maio, em Lisboa, tendo garantido em várias entrevistas no final do jogo que “para o ano subimos outra vez”;
  • Em Setembro, acompanhado pelos consócios Joaquim Galante e Bruno Ferreira, fui recebido pelo Senhor Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, no âmbito das comemorações do Centenário, um encontro que me marcou profundamente;
  • Ainda em Setembro recebi, em nome do Belenenses, das mãos do Rui Dias, o Record de Ouro, o mais alto galardão concedido pelo jornal a Instituições que se destacam no Desporto.

Lembro aqui que em 2019 nos deixaram, com saudade, algumas figuras do Universo Belenenses que eram queridas de todos: Laranjeira, Alfredo Pinho, Alberto Villas, José Carrasco, José Morais Cascalho, Fernando Peres, Manuel Rodrigues, Carlos Silva.

E que o Lú, nosso sócio icónico, foi vitima de um AVC de que felizmente está a recuperar com sucesso.

Tenho que vos falar, muito ao de leve, de alguns temas estruturantes:

BINGO
Em 2019 o Belenenses resolveu mais um dos problemas que nos anos anteriores gerava grande preocupação: não só se assinou novo contrato de arrendamento por mais 20 anos da sala onde funciona o Bingo, resolvendo desta forma a ameaça de despejo por fim do contrato, como, mais importante ainda, o clube integrou um consórcio que ganhou o concurso para a exploração do jogo de Bingo por mais 20 anos, garantindo assim um activo importante e assegurando a manutenção dos postos de trabalho existentes.

É certo que ao dia de hoje o jogo de Bingo não é já a fonte de receita de um passado longínquo, mas trata-se de um activo histórico do nosso clube e acreditamos que com as alterações legislativas que estão prometidas o Bingo pode vir a tornar-se novamente numa interessante fonte de receitas.

ANDEBOL
Desportivamente, temos de destacar o bom desempenho da nossa equipa sénior de andebol. Com um orçamento realista e equilibrado, mantendo um grupo de jogadores experiente, com mística, e a orientação do professor João Florêncio, conseguimos voltar a disputar a fase final da competição, entre os seis principais clubes, conseguindo que também a equipa de Juniores regressasse à disputa do Grupo A, o que há vários anos não sucedia.

Conseguimos também o apuramento para a Taça Challenge por via da desistência de outras formações, mas face ao prazo que nos foi dado para formalizar a inscrição e que era de apenas um dia, tivemos de tomar a difícil decisão de abdicar da presença numa prova europeia, sob pena de com ela podermos desequilibrar totalmente as contas do clube e o projecto de crescimento consolidado na modalidade.

Não obstante, voltámos a construir uma equipa forte, equilibrando o plantel, reforçando-o, e os resultados estão à vista, com uma carreira ainda mais positiva esta temporada a dar-nos a legítima expectativa de que estaremos de novo no grupo dos seis melhores e com a natural ambição de chegarmos à Europa por direito desportivo. Isto ao mesmo tempo que ressalta evidente como encurtámos a distância qualitativa para as equipas de topo, das quais nenhum orçamento em Portugal ousa sequer aproximar-se.

BASQUETEBOL
Quero também destacar o excelente trabalho da secção de basquetebol. A nossa equipa masculina bateu-se até ao final da época pela subida à Liga Placard, o primeiro escalão, e mesmo não a tendo alcançado mostrou em campo, semana após semana, os valores principais da história do Belenenses. Amor à camisola, dedicação, empenho. Tudo isto sob a orientação exemplar do treinador Sérgio Ramos e com jogadores, muitos deles, oriundos dos escalões de formação.

Também este ano, saudamos o regresso de uma equipa de basquetebol feminina, numa parceria com a Universidade Nova, a fazer-nos viajar no tempo até aos anos em que a modalidade dava os primeiros passos no nosso país, e valorosas mulheres Belenenses vestiam as nossas camisolas. O caminho é longo, a equipa começou no terceiro escalão, mas o trabalho dará frutos e em breve teremos muitas alegrias.

RUGBY
Já que falo de tradição, não posso esquecer as alegrias que os rapazes do nosso rugby voltaram a dar-nos. Além de terem disputado bravamente o título nacional até ao último apito, os nossos heróis mostraram mais uma vez que o rugby do nosso clube é atualmente dos mais fortes de Portugal. Ganhámos a Taça e, depois, a Supertaça. Nada de novo, portanto. E sabe tão bem manter esta tradição.

ATLETISMO E TRIATLO
E se falamos de vitórias, recordar que a equipa de veteranos se sagrou em Julho, em Lousada, penta-Campeã Nacional de Atletismo, uma secção que tem vindo a crescer de forma consistente, com passos firmes e seguros, muito em resultado do empenho da Anabela Gordo.

No Triatlo, mais uma secção que tem vindo a reorganizar-se de uma forma estruturada, agora com uma aposta muito forte na formação e onde quero destacar o trabalho da nossa ex-Campeã do Mundo de Juniores Anaís Moniz.

VOLEIBOL
No voleibol não temos tido vida fácil apesar do fantástico trabalho do Prof. João Azeitona Correia. O sector feminino viu chegarem à competição Benfica e Sporting, que com o seu modus operandi habitual tornaram na zona de Lisboa profissional uma competição que era essencialmente amadora, dinamitando a maioria dos clubes que competiam na área de Lisboa. Resiste, como sempre, o Belenenses, mas com uma equipa totalmente nova, esta ano com uma missão mais complicada em que apenas a fase final do campeonato será para nós a de todas as decisões. Destacar, de qualquer modo, o óptimo trabalho que vem sendo desenvolvido na formação, onde o clube é uma das referências nacionais.

NATAÇÃO
Ainda que a história nos tenha tirado as piscinas, uma das jóias da coroa do Restelo, e que esperamos nos próximos anos, no âmbito da reconversão do complexo, vir a recuperar noutros moldes, não deixámos de ter um ano muito positivo que, de resto, já estamos a repetir esta época. Ainda recentemente, nos campeonatos nacionais de piscina curta somámos títulos nacionais, várias medalhas e recordes nacionais, sendo neste momento uma das equipas mais fortes do panorama nacional. Resultados que falam por si e para os quais importa enaltecer o trabalho de Pinto de Abreu, do Filipe Coelho e do técnico Fernando Couto.

FUTSAL
Depois de um ano de mudança em que a nossa equipa terminou o campeonato cumprindo os objectivos mínimos, este não tem sido um ano fácil.

A remodelação do plantel, que visava preparar o futuro, não correu como esperado e os resultados levaram a equipa para os lugares de despromoção. Acabámos por tomar a difícil decisão de separar os nossos caminhos dos do Professor Alípio Matos, a quem agradecemos tudo o que sempre deu à modalidade no nosso clube, e procurámos inverter o caminho com a chegada de alguém que quase se pode dizer literalmente ter nascido no Estádio do Restelo: o nosso novo treinador José Feijão, um homem que cresceu no Restelo ao lado de todas as figuras que marcaram a história das últimas décadas do Belenenses.

Sempre tendo em conta que a realidade financeira do clube não nos permite fazer face a orçamentos suportados pelos mais ricos do país ou por equipas financiadas por autarquias, recusamos a loucura despesista mas estou agora confiante de que com a chegada dos reforços já anunciados e com a mestria do José Feijão, os próximos meses nos trarão a satisfação de ver a equipa dar a volta aos problemas e garantir a permanência na I Divisão, criando bases para que nos anos vindouros não voltemos a passar pelos mesmos sobressaltos.

FUTEBOL DE FORMAÇÃO
Pese embora as dificuldades que sentimos ao nível das infra-estruturas desportivas, temos realizado um trabalho absolutamente fantástico no nosso futebol de formação, numa estrutura liderado pelo Prof. João Raimundo e onde temos projectado vários atletas para as diferentes selecções nacionais, bem como para o futebol profissional.

Trabalhámos numa forma de jogar à Belenenses, que nos permita formar bons profissionais de futebol e, não menos importante, cidadãos virtuosos.

Nos próximos anos acreditamos que passará a ser mais fácil fidelizarmos os nossos jogadores mais talentosos à medida que a nossa equipa sénior vá galgando patamares competitivos.

Continuámos em 2019 a ombrear com os melhores e somos hoje, com orgulho, uma das maiores potências do futebol de formação em Portugal.

LIDL E RELAÇÕES COM A SAD
2019 foi um ano de intensa reflexão em áreas que não as desportivas.

Foi um ano trabalhoso no que diz respeito à reconversão do complexo desportivo. Em conjunto com o nosso parceiro Lidl e com a Câmara Municipal de Lisboa demos passos vitais para que 2020 seja o ano em que finalmente arranca a construção de um supermercado na área que actualmente é um parque de estacionamento raramente utilizado, situação que nos dará maior liquidez financeira e nos permitirá reorganizar o clube sem comprometer a prática desportiva, antes reforçando-a.

É verdade que esperávamos ter avançado mais rapidamente, mas algumas dificuldades do ponto de vista técnico, naturais neste tipo de operação, obrigaram a fazer ligeiras alterações ao projecto, algo que está neste momento resolvido e que permitirá que, tal como prometeu o presidente da CML, os próximos meses tragam a aprovação do projecto que vai dar um novo rosto à parcela 5 do complexo desportivo.

À margem deste intenso e frutuoso trabalho, tivemos também um ano com avanços significativos numa área sensível do passado recente e do presente: a relação com a SAD e com a empresa que detém a maioria do capital da mesma, a Codecity.

Mantivemos firme defesa dos direitos do clube nos locais próprios, dando seguimento a ações judiciais complexas, trabalhosas e cujos resultados práticos, confiamos, confirmarão a justeza do caminho que os sócios do Belenenses decidiram trilhar.

O tempo não é, no entanto, de aprofundar publicamente estas situações. 

2020 será, garantidamente, o ano em que o Clube de Futebol “Os Belenenses” e a sociedade desportiva que joga no Jamor seguirão caminhos distintos, dando início a uma nova era.

O Belenenses, decidimos todos em Assembleia Geral, vai separar-se da SAD e, para o garantir, colocou à venda os 10 por cento de acções que ainda detém. Publicitámos o processo de venda, dando aos interessados até final de Novembro para apresentarem propostas que poderiam dar origem a negociações.

Traçámos regras rígidas de defesa do nome e dos interesses do clube e, mesmo não podendo nesta data fazer revelações significativas sobre o tema, compete-me informar os prezados consócios de que estou certo de que o desejo da maioria se concretizará em breve.

Em Assembleia Geral a realizar oportunamente, serão dadas, como acontece habitualmente, todas as explicações sobre o tema.

FUTEBOL SÉNIOR
Desde que me fiz sócio há quase 30 anos, data que coincidiu com a minha chegada a Lisboa para, entre outras coisas, estudar Direito, aprendo a cada dia que passa algo mais sobre este nosso clube.

E a cada dia reforço as certezas que trago dos dias anteriores. O Belenenses é um clube gigantesco, movido por uma paixão única e inquebrantável, que enfrenta todas as dificuldades cerrando os punhos e fazendo do que para muitos seria fraqueza a sua força.

Só assim se explica que 100 anos depois aqui estejamos não a assistir ao renascimento do clube, mas a participar activamente na sua reconstrução.

Admitamos todos: o Belenenses quase acabou. Privado de identidade, com contas que não conseguia pagar, quase a perder o bingo, sem autoridade sobre o seu bem mais precioso – a equipa de futebol sénior – é, para quem vê de fora, um milagre que hoje aqui estejamos, que hoje mantenhamos a força viva de um dos maiores do desporto em Portugal.

Nós sabemos que não há aqui qualquer milagre, antes um amor filial, que nos une no essencial.

E é esse amor filial que nos faz vibrar, agora nos campos dos clubes mais modestos da Associação de Futebol de Lisboa, como vibrámos nos estádios do Real Madrid, do Barcelona, do Bayern, no Mónaco, em Leverkusen e em tantos outros.

É esse amor filial que nos leva a encher semana após semana os campos dos nossos adversários, contagiando-os nesta caminhada, e com eles celebrando com amizade a rivalidade desportiva. Porque como dizem e bem os adeptos a nossa paixão não tem divisão.

Sob a orientação do nosso treinador Nuno Oliveira, com o apoio do nosso Director Desportivo José Taira e acompanhados por toda a nossa estrutura, os nossos rapazes sagraram-se campeões do terceiro escalão da AFL em 2019 e esta temporada seguem somando por vitórias todos os jogos disputados, rumo ao primeiro escalão distrital. Daqui por um ano estaremos a lutar pelo regresso aos campeonatos nacionais.

Com jovens da casa, com mística, vamos desenvolvendo os nossos talentos, aproveitando jovens das equipas de formação, e trilhando um caminho com mais de 90 por cento de vitórias em jogos oficiais.

O caminho até ao topo será longo e complicado. Essa é a história do Belenenses: vencer as dificuldades, superar os impossíveis.

2020 será um ano à Belenenses. Mais um que encaramos cantando:

«hoje como antigamente
nada temos que temer
Belenenses para a frente
com a certeza de vencer»

Para terminar quero deixar aqui um desejo que sei ser partilhado por todos os Belenenses: espero continuar a ver durante o ano de 2020, em todos os jogos, quatro vultos da nossa história colectiva que raramente falham um jogo no Restelo: Vicente Lucas, Humberto Azevedo, o Dr. Ramos Lopes e o Coronel Luís Soares da Cunha.

A todos vós e às vossas famílias e amigos aproveito para desejar uma vez mais um excelente ano de 2020, com muita saúde, e que traga aquilo que mais ambicionam a nível pessoal, profissional e desportivo. 

Vemo-nos no domingo no estádio do Olivais e Moscavide! 

Patrick Morais de Carvalho