Cerca de 1.300 sócios, adeptos e convidados do Belenenses deixaram praticamente lotado o grande auditório do Centro Cultural de Belém, onde esta sexta-feira se realizou a Gala do Centenário do Clube.

A cerimónia, que se seguiu ao jantar também realizado no CCB, foi apresentada por Joana Cruz e José Figueiras e foi recheada de emoção – o apresentador, por exemplo, relatou a paixão do seu pai pelo Clube e orgulhou-se por, passados 30 anos, já com a saudade a apertar, poder participar no seu Centenário.

Os espectadores puderam assistir a um trecho do documentário realizado por Luís Galvão Teles sobre o Clube, e cuja exibição completa marcará, em breve, mais um momento alto do centenário; aplaudiram os nomes do passado que foram alvo de homenagem póstuma e vibraram com a entrega dos prémios Artur José Pereira:

Melhor equipa
Futebol (seniores)
Andebol (seniores)
Rugby (seniores)

Melhor atleta
Ricardo Viegas (futebol)
Nelson Pina (andebol)
Ricardo Rosa (basquetebol)

Atleta revelação
João Santos (futebol)
Rodrigo Marta (rugby)
Francisco Quintas (natação)

Treinador 2019
Nuno Oliveira (futebol)
João Mirra (rugby)
Bernardo Caetano (futebol – juvenis)

Dirigente 2019
Rui Vasco Silva (basquetebol)
Anabela Gordo (atletismo)
Nuno Lopes (futsal)

Sócio 2019

Fúria Azul
Grupo da Grade
Humberto Azevedo (sócio número 1)

Especial Dedicação
José Maria (roupeiro do futebol)

Dos inevitáveis discursos, destaque para o do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, dr. Fernando Medina, que depois de dizer «o Belenenses está aqui e não noutro lugar», destacou a seriedade e importância do projeto de requalificação do Restelo para a cidade – focado na criação de um moderno parque desportivo – pediu ajuda ao clube para a ocupação de um novo pavilhão a construir ao lado das Salésias, salientou que a requalificação do complexo do Restelo proposta pela Direcção do Clube protege o património do Belenenses e será feita sem que seja vendido um único m2 de terreno e, no que motivou fortes aplausos, prometeu abrir as portas dos Paços do Concelho à equipa de futebol do Belenenses “no dia em que esta regressar à I Divisão”.

Patrick Morais de Carvalho, presidente do Clube, destacou, por seu lado, a importância de todos os que ajudaram o clube a atingir o Centenário e aflorou a notícia do dia: a abertura do processo de venda da participação social que o clube ainda detém na sociedade que joga no Estádio do Jamor.

Do ponto de vista artístico, como bem destacou Luís Represas, que subiu ao palco para cantar o seu êxito 125… azul, o Belenenses mostrou ser dos Clubes mais representados entre as gentes da cultura.

A festa iniciou-se ao som dos tambores dos Karma Drums seguindo-se Nuno Barroso, que viajou da Suíça de propósito para actuar e que cantou uma marcha que compôs para o Clube. Pedro Barroso, seu pai, mesmo fisicamente debilitado fez questão de estar presente e empolgar os presentes com uma versão emotiva do célebre “Canto do Mar”. A finalizar, antes de se cantar os parabéns e tocar o Hino, Rui Pregal da Cunha, João Cabeleira, Miguel Majer, Paulo Cavaco, Nuno Correia e a pequena Marta Cavaco brindaram os belenenses com a vibrante canção do centenário.