O Belenenses perdeu esta tarde frente ao Aves por 2-5, no Estádio do Restelo, na 22ª Jornada da Liga NOS, um jogo que eleva para quinze o número de partidas consecutivas sem conhecer a vitória entre Liga e Taça CTT – doze para o campeonato -, e que aproxima os azuis da zona perigosa da tabela, mantendo os 21 pontos – três pontos apenas de vantagem sobre os dois últimos lugares e quando a jornada ainda conhecerá um confronto entre Moreirense e Estoril, dois emblemas que se encontram na luta pela manutenção.
O Belenenses entrou muito mal no jogo à semelhança do que já se tinha visto em Setúbal, tendo o Aves chegado rapidamente à vantagem, logo aos dois minutos, e vendo essa superioridade no marcador atingir expressivos 0-4. Nuno Tomás conseguiu ainda reduzir, levando os azuis para o intervalo a perder por 1-4. Na segunda metade a história do jogo não se alterou significativamente, com Maurides a reduzir, aos 86′, na transformação de uma grande penalidade, o que não evitou que à passagem dos 90′ o Aves lograsse o quinto golo.
Silas fez várias alterações na equipa face ao último jogo, incluindo na baliza, e escalou um onze composto por André Moreira; Diogo Viana, Gonçalo Silva, Nuno Tomás, Florent, André Sousa (32′), Yebda, Benny (62′), Chaby, Licá e Tiago Caeiro (62′). No banco, os azuis contavam com Filipe Mendes, Sasso, Pereirinha, Nathan, Bakic (32′), Yazalde (62′) e Maurides (62′).
No final do encontro, Silas considerou que «o início do jogo condicionou, mas não foi só isso, cometemos muitos erros. O primeiro golo parece-me uma boa jogada do Aves e um erro colectivo nosso. Esse ainda se aceita, mas todos os outros golos foram ofertas nossas. Se o segundo pode acontecer, o terceiro não me parece normal. É uma oferta nossa, não é concebível que um central que tem mais vinte centímetros possa perder aquela bola. Já não foi a primeira vez, aconteceu também em Setúbal», acrescentando que «da maneira que idealizámos jogar aqui é preciso ter muito carácter. É preciso ter jogadores com muito carácter, valentes, que não tenham medo, de cada vez que se vai a um duelo ter orgulho em ganhar o duelo. Hoje, como em Setúbal, não tivemos isso. Faltou-nos esse carácter em mais do que um jogador. Os dois centrais, por exemplo, perderam muitas bolas. São coisas que não esperávamos que pudessem acontecer tantas vezes. Temos de trabalhar, temos de pensar também se essa forma valente de encarar o jogo se pode adequar a estes jogadores. São eles que jogam, nós temos de pensar na melhor maneira de os poder potenciar. Quando se perdem duelos individuais não há hipóteses, não há uma equipa que sobreviva».
Abordando o ciclo sem vitórias que a equipa atravessa, o técnico foi claro: «Vamos ter que analisar os jogos, pensar se com estes jogadores podemos aspirar a jogar desta maneira tão valente e arriscada. Vou ter de pensar muitas coisas, temos de analisar e trabalhar. Uma coisa é perder um duelo aéreo com o Bas Dost, outra coisa é perder com o Paulo Machado».
A equipa regressa à acção no sábado, às 20h30, na deslocação à Amoreira para defrontar o Estoril em mais um compromisso da Liga NOS.