A Assembleia Geral do Clube de Futebol “Os Belenenses”, reunida na noite de sexta-feira, 4 de Dezembro, aprovou logo no seu primeiro ponto da Ordem de Trabalhos, e sem qualquer voto contra, a atribuição do galardão “Cruz de Cristo de Ouro – Dedicação e Valor” ao sócio António José Sequeira Nunes, ex-presidente do Clube, pelos elevados e meritórios serviços prestados à Instituição ao longo de décadas.
Após a votação, Sequeira Nunes recebeu a distinção das mãos do sócio nº 1, Humberto Azevedo, na presença dos presidentes da Direcção, da Mesa da Assembleia Geral, do Conselho Fiscal e Disciplinar e do Conselho Geral, após o que se dirigiu aos associados presentes numa mensagem emocionante e emocionada.
A sessão, que teve quase seis horas de duração, aprovou ainda o Relatório e Contas referente à época desportiva de 2014/15, também sem qualquer voto contra, documento que regista um saldo positivo de 315 mil euros, correspondente a um aumento de aproximadamente 610 mil se comparado com o saldo da temporada anterior, expurgado o efeito PER.
Patrick Morais de Carvalho, presidente da Direcção, expôs detalhadamente aos associados, numa longa intervenção, a situação do Clube nos seus vários planos, confirmou o cumprimento do PER esclarecendo a excepção que constitui o “dossier BANIF”, e colocou à consideração e à votação dos sócios, embora os Estatutos do Clube não o obrigassem, o acto de prorrogação do contrato de locação existente com a BP que permitirá ao Belenenses um importante encaixe financeiro.
O presidente da Direcção teve ainda oportunidade de fazer o ponto da situação das relações entre o Clube e a SAD, confirmando a existência de dívidas significativas daquela Sociedade Desportiva ao Belenenses, e prometendo para o início do ano uma Assembleia Geral que trate exclusivamente da análise do relacionamento entre as duas entidades e da posição do Clube face ao futebol profissional.
No último ponto da Ordem de Trabalhos, foi apresentada por um dos sócios da Ernst & Young a auditoria forense solicitada pela Direcção em conformidade com o disposto na alínea i, do art. 63 dos Estatutos. Perante o que foi dado a conhecer pelo auditor, nomeadamente a não existência de qualquer suporte racional económico-financeiro subjacente à decisão que se traduziu numa perda financeira para o clube de 1.125.000€, revelando-se a existência de factos materialmente relevantes, compete agora ao Conselho Fiscal e Disciplinar analisar o documento e pronunciar-se sobre as conclusões e consequências que daí possam decorrer, tal como foi comunicado aos associados pelo seu presidente João Morão.
Antes de terminar a sessão, o presidente da Mesa da Assembleia Geral, Pedro Pestana Bastos, disponibilizou-se para dar a conhecer o relatório da auditoria aos associados que manifestem interesse na sua consulta, devendo para tal proceder a marcação prévia junto da secretaria do Clube.