João Pinto, 33 anos, é um dos nomes mais reconhecidos do nosso andebol e capitão de equipa. É sócio do Belenenses desde o dia em que nasceu e aos três anos de idade já praticava desporto no Restelo. Tantos anos depois, continua a achar arrepiante ouvir o Hino do Clube com a camisola da Cruz de Cristo vestida.
Quais as tuas ligações ao Belenenses e como te tornaste adepto do nosso Clube?
Eu sou sócio do Belenenses desde o meu primeiro dia de vida e é um feito que muito me orgulha, pois foi por vontade do meu avô materno que todos os seus netos, assim como os seus filhos, quando nascessem fossem feitos sócios. E desde muito cedo todos nós (nove netos) fomos crescendo a caminho do Estádio do Restelo.
Para além de seres adepto e sócio do Belenenses, tens outros familiares que são igualmente sócios e adeptos. É uma família 100% belenenses?
Na minha família materna todos são Belenenses, eu e os meus irmãos, muito por influência do meu avô e consequentemente da minha mãe também o somos.
Qual a sensação de representar o clube do coração? Tem alguma sensação diferente? Mais forte?
Eu represento o Belenenses desde os meus três anos de idade (até aos 10 anos) quando fazia ginástica e passava o ano todo a preparar-me para o sarau anual no grandioso Pavilhão Acácio Rosa, por isso e por tudo o que o Belenenses representa para mim, é um enorme orgulho vestir a camisola da Cruz de Cristo, ouvir o Hino do Belenenses com a camisola vestida é arrepiante.
E a responsabilidade? É maior?
É de alguma forma natural que envergar a camisola do Belenenses, carregada de todo o simbolismo que ela tem para mim e para a minha família, me traga uma responsabilidade acrescida ainda para mais capitão de equipa, mas só me traz ainda mais orgulho.
O facto do teres um primo e um tio que são também dirigentes do andebol do Belenenses acaba por ter algum impacto na relação do dia-a-dia?
Como já disse, a minha família do lado materno é toda Belenenses e o sentimento de orgulho em estar ligado à vida corrente do clube é transversal, logo, muitas das vezes os nossos assuntos quando estamos em família giram à volta do quotidiano do clube. No entanto, dentro do clube somos todos belenenses e os laços familiares são com todos os que representam os interesses do clube.
Para terminar, como analisas o desempenho da nossa equipa de andebol até ao momento?
Eu quando cheguei este ano ao clube encontrei uma realidade completamente diferente de quando saí. Quando saí deixei o clube apurado para as competições europeias, vencedor de uma Taça da Liga, com uma formação forte e a lutar para os primeiros três lugares e com um pavilhão sempre cheio e com o orgulho Belenenses bem notório! O meu compromisso e ambição enquanto capitão e atleta é devolver ao Belenenses essa mesma realidade, sei que temos um longo caminho a percorrer, que será tão longo quanto mais sozinhos estivermos, logo, aproveito para lançar um pedido de apoio a toda a massa Belenenses para que nos unamos, pois só juntos poderemos voltar a ter grandes alegrias como as que já foram vividas no nosso pavilhão.
Quanto à prestação da equipa até agora no Campeonato Nacional, creio que está dentro do objectivo, foi-nos apontado como meta os oito primeiros (apuramento para os play-off), e embora tenhamos tido até agora inúmeras dificuldades, a equipa está focada em honrar e ombrear com todos os adversários. No entanto, todas as metas têm longos caminhos a serem percorridos e nem sempre fáceis, e só com muito sacrifício, apoio, acreditar, união, perseverança e orgulho na camisola que vestimos poderemos chegar ao final do campeonato com o sentido de dever cumprido, dever esse que é mais um passo dado em busca da devolução do Belenenses aos lugares que são os seus, OS PRIMEIROS!!!!!!!!!
