Esta é uma dupla estreia: do Belenenses, nas competições europeias (se não contarmos a Taça Latina), e de equipas Portuguesas, nesta prova. Como em tantas e tantas coisas, fomos pioneiros.

O nosso primeiro adversário foi o Hibernian, que conta no seu palmarés com quatro títulos de campeão da Escócia, mais três Taças e duas Taças da Liga. Começámos excelentemente, na primeira mão, disputada em casa do nosso adversário: chegámos a estar a ganhar por 3-0, com uma primeira parte de luxo. Matateu (já com 34 anos!) e Yaúca brilharam a grande altura, perante o entusiasmo e audível admiração do público e dos próprios comentadores locais. Matateu marcou aos 13 e aos 26 minutos, Yaúca aos 15 minutos.

No entanto, o Hibernian conseguiu recuperar, com golos aos 47, 53 e 60 minutos e chegou ao empate final, por 3-3 – mesmo assim, por ter sido fora de casa, um bom resultado. O pior foi a segunda mão, disputada em 27 de Setembro, no Restelo, onde baqueámos, com um golo de Matateu, contra três dos escoceses. Estes marcaram primeiro, aos 20m. O Belenenses empatou aos 28 minutos, mas na segunda parte o Hibernian bisou. Foi pena.

Iniciava então o Belenenses os seus dias sombrios: tinha perdido a posse do Restelo dois meses e meio antes. Ficará sempre a interrogação, e permitam-nos repetir: que proezas o Belenenses das décadas anteriores – que vergava o Real Madrid, o Barcelona, o Valência, o Borússia Dortmund, etc, etc. – não teria conquistado, se então houvessem competições europeias?

JMA