Em momento de júbilo por estarmos de regresso ao nosso lugar na Primeira divisão, depois da tão inesperada quão terrível passagem pela divisão secundária (algo que imaginávamos não mais se repetir, por uma vez já ter sido “impensável”), reforçado por um bom campeonato, deu-se nesta data a criação da Fúria Azul.
Em boa hora surgiu, porque tudo quanto dê vida e alegria ao nosso clube, é motivo de satisfação. Na altura, o clube tinha uma pujança popular que não fazia supor que, anos depois, a claque fosse tão importante para, ao menos, haver sempre um incentivo audível e visível. Em muitos jogos longe do Restelo, a Fúria é praticamente a única presença a fazer-se notar.
Nem sempre a Fúria foi bem vista por alguns sócios seja pelo motivo de ter alguns excessos ou algumas coisas menos boas (quem não as tem?), seja pela falta de cultura de massas e pelo comodismo silencioso de alguns (coisa que já não entendemos).
Supomos que as claques devem ser incentivadas e apoiadas, a troco da exigência de um comportamento que dignifique o Belenenses e, em última instância, o ser humano. E não há dúvida que a Fúria Azul existe para servir o Belenenses, e não como pretexto para outras coisas.
Ao longo dos tempos, aqui e acolá, outras claques surgiram no nosso clube. No entanto, nenhuma outra jamais teve a continuidade e a implantação da Fúria Azul. Hoje, ao completar 30 anos, é não só uma das 4 claques mais antigas de Portugal, como constitui um núcleo no nosso clube. Mais do que isso, tem sido para muitas centenas ou milhares que por lá têm passado, uma escola de belenensismo.
Nestas três décadas, alternando com períodos mais baixos, houve muitos, incontáveis momentos inesquecíveis, que esperamos possam repetir-se pelo menos mais outros tantos anos.
Belém até morrer
Belém até morrer
Tenho todo o orgulho
Sou Belém até morrer
JMA