Serafim é um dos grandes jogadores da história do Belenenses, clube que representou desde 1937 a 1955 (sendo, então, o Capitão de Equipa). Foi Campeão Nacional em 1946. Ganhou a Taça de Portugal em 1942. Foi Campeão de Lisboa nas épocas de 43/44 e 45/46. Participou ainda na Taça Latina, nos jogos em que defrontámos o Real Madrid e o Milão. Faltou-lhe o 2º título nacional, que se lhe (nos escapou) no fatídico último jogo de 54/55. Teria sido um belo e justo final para a sua carreira.
Vestiu a Camisola das quinas por 18 vezes, sendo o 6ª jogador da história do Belenenses com mais internacionalizações, a seguir a Matateu, Augusto Silva, Vicente, Amaro e César de Matos. Estreou-se em 11 de Março de 1945, num jogo com a Espanha, que terminou empatado a 2 bolas, e em que ainda estiveram presentes dois outros jogadores do Belenenses: Artur Quaresma e Rafael Correia; fez o último jogo em 29 de Novembro de 1953 (empate a zero com a Áustria), em desafio em que também participou o nosso Matateu.
O programa desta Festa de Homenagem a Serafim integrou um jogo de Aspirantes entre o Belenenses e o Benfica (perdemos 1-0), e um jogo de equipas principais entre o Belenenses e o então primodivisionário Torreense (vencemos 6-4).
Jogador de cariz defensivo, e de “antes quebrar que vencer”, Serafim muito contribuiu para proverbial segurança defensiva do Belenenses nas décadas de 40 e 50. É umas figuras insuficientemente valorizadas. Para muitos belenenses de hoje é (quase) um desconhecido, quando, na verdade, foi um dos nossos maiores, um jogador incontornável. Provavelmente, figuraria no nosso melhor onze de sempre!
JMA