Na Presidência de Francisco Soares da Cunha, o Belenenses supria uma lacuna, que era o facto de não ter actividade naquele que foi, durante muitos anos, a segunda modalidade mais popular em Portugal. Tempos houve em que o país literalmente parava e as famílias ficavam suspensas dos relatos do Portugal-Espanha.
Mas, não obstante ter tido, entre os seus sócios e adeptos, alguns dos maiores jogadores do Mundo desta modalidade, incluindo o maior de todos os tempos, António Livramento, o Belenenses nunca apostou muito na modalidade e nunca nela registou grandes feitos.
O primeiro jogo teve lugar em 1958. Foi na época de 1961/62 que o Belenenses chegou, enfim, à 1ª divisão da modalidade. Em momentos angustiosos – ligados ao resgaste do Estádio do Restelo –, a modalidade mexeu com a Alma do Belenenses e grandes multidões iam presenciar os jogos ao Pavilhão dos Desportos (Hoje, Pavilhão Carlos Lopes). Já, entretanto, tínhamos feito o primeiro jogo internacional, vencendo os franceses do Boudans Costas por 2-0. Por sua vez, em 1963, Alfredo José Saraiva toornou-se o primeiro jogador do Belenenses a representar a Selecção Nacional.
A permanência na 1a divisão teve hiatos e nela raramente alcançámos lugares cimeiros, como sempre fizemos em praticamente todas as modalidades praticadas em Portugal. Ainda assim, assegurámos uma ou outra participação em competições europeias, na primeira metade da época de 1980. Nesta modalidade, uma equipa Portuguesa, se apostar a sério, pode ser ganhar uma Taça europeia. No entanto, o Belenenses não o fez, dado tratar-se de uma modalidade considerada cara.
Em 1983, o Belenenses foi Campeão Nacional de Juniores, superando o F. C. Porto na final. Mas a modalidade duraria pouco mais no clube. Em 1990, no Restelo, falhámos, numa meia-final, a oportunidade soberana de chegar à final da Taça de Portugal. E o Hóquei em Patins foi suspenso, não mais voltando a ser praticado no Belenenses.