Para quem só tem conhecimentos dos últimos anos, em que o Belenenses raramente tem um jogador na Selecção A, estes factos podem parecer surpreendentes; mas são inteiramente verdadeiros. Na época, aliás, eles eram perfeitamente naturais. O Belenenses era o 2º clube com mais jogadores representados desde o início da actividade da Selecção Nacional (a seguir ao Sporting, e à frente do Benfica e do F.C.Porto) e Augusto Silva era o jogador português com mais internacionalizações, estando o igualmente nosso Mariano Amaro em 3º/4º lugar. De resto, nos 65 jogos até então disputados pela Selecção Nacional, o Belenenses só não estivera representado em seis, dos quais três, por opção dos seus próprios jogadores, em protesto contra situações menos claras e de desrespeito pelo nosso clube.

Durante 14 anos consecutivos, desde 26 de Janeiro de 1936, a 9 de Abril de 1950, o Belenenses teve sempre jogadores seus na Selecção Nacional. Foram 32 jogos consecutivos – e muitos mais teriam sido, se então os encontros fossem mais assíduos (como são hoje) e se, pelo meio, não se tivesse verificado a grande catástrofe que foi a II Grande Guerra Mundial.

Durante este lapso de tempo, envergaram a camisola das quinas os seguintes jogadores azuis: José Simões, José Reis, Mariano Amaro, Artur Quaresma, Rafael Correia, Serafim das Neves, Feliciano, Capela e Vasco.

Já agora, refira-se que entre 8 de Maio de 1951 e 8 de Abril (ontem…) de 1956, houve mais uma série idêntica, desta vez de 18 jogos. Neste caso, foram os seguintes os jogadores do Belenenses que envergaram a camisola das cinco quinas: Capela, Serafim, Castela, Matateu, Francisco Rocha, Diamantino e Dimas.

JMA